Minicursos

Mini-Curso 1 – É permitido eRrar: usando o R na paleontologia

Ministrantes: João Lucas da Silva & Arielli Fabrício Machado

Número de participantes: 10

Descrição: O curso é de natureza introdutória. Primeiro, trataremos de comandos e noções básicas no R. Depois iremos realizar comparações (entre médias) e correlações, com a implementação de um modelo linear simples. Então migraremos para análises de cluster, componentes e coordenadas principais.

Requisitos: Para poder realizar o curso faz-se obrigatório o uso de computadores, no caso, notebooks pessoais. Além disso, é preciso instalar previamente o R e o RStudio, bem como os pacotes necessários.

Material: https://drive.google.com/drive/folders/1OwXd4CvGIYIQgYqY3OTI7Y-Gie8m40mV?usp=share_link 

Mini-Curso 2 – Introdução à Morfometria Geométrica e o estudo da forma biológica

Ministrante: Dr. Thiago Fiorillo Mariani (Doutor em Zoologia – Museu Nacional; Pós- Doutorando – UFV).

Número de participantes: 10

Pré-requisitos:
–  Notebook;
–  Leitura prévia de material didático sobre Estatística Paramétrica e Não-Paramétrica*;
–  Softwares previamente instalados: TPSDig2, PAST.
*disponibilizado em Referências um slide show produzido por Rosário Cação.

 Objetivo Geral:
–  Introduzir os participantes na morfometria geométrica e suas aplicações no estudo biológico da forma dos organismos.

 Objetivos específicos:
–  Aprender a digitalizar marcos anatômicos e realizar análises básicas geradas pela MG;
–  Compreender os dados gerados pela MG;
–  Elaborar e testar hipóteses através de MG;
–  Introduzir pensamento crítico sobre morfometria geométrica.

Cronograma Teórico:
1)     Conceitos básicos:
–  O que é Morfometria Geométrica (MG);
–  Diferenças entre MG e Morfometria Tradicional;
–  Breve histórico da MG;
–  Homologia no espaço morfológico;
– Tipos de landmarks: I; II; III; Semilandmarks/contornos;
2)     Aquisição de dados
–  Equipamentos necessários;
–  Digitalização.
3)     Softwares
–  PAST (utilizado no curso);
–  Serie TPS (utilizados no curso);
– Outros: Morpho J e R (geomorph).
4)     Operações da MG: Procrustes e obtenção do centroide.
5)     Testes estatísticos básicos aplicados em MG:
–  Análise de Componentes Principais (PCA);
–  Análise de Variáveis Canônicas (CVA);
–  Regressões e testes dos parâmetros.
6)     Estudos quantitativos e qualitativos e sua importância no estudo biológico da forma.

Cronograma Prático:
1)     Aquisição de imagens*;
2)     Digitalização de marcos anatômicos;
3)     Análises estatísticas gerais;
4)     Interpretação dos resultados.
*Apenas mencionado e discutido; imagens serão previamente selecionadas e fornecidas para a prática.

Referências:
Bookstein, F., 1991. Morphometric tools for landmark data: geometry and biology. First Edition. Cambridge University Press. 435p.
Cação, R. Testes Paramétricos e Não-paramétricos. http://pt.slideshare.net/rosariocacao/testes-parametricos-e-nao-parametricos-3396639;
Dryden, I.L. & Mardia, K.V. 2012. Statistical shape analysis with applications in R. Second edition. John Wiley & Sons. 454p.
Elewa, A.M.T. 2004. Morphometrics: Applications in Biology and Paleontology.First edition. Springer. 263p.
Elewa, A.M.T. 2010. Morphometrics for nonmorphometricians. Springer. 367p. Hammer, O. & Harper, D.A.T. 2006. Paleontological Data Analysis. Blackwell Publishing. 351p.
Monteiro, L. R. & Reis, S. F., 1999. Princípios de morfometria geométrica. Editora Holos. 198p.
Zelditch, M. L., Swidersk, D. L., Sheets, H. D. & Fink, W. L., 2012. Geometric morphometrics for biologists: a primer. Second Edition. Elsevier Academic Press. 478p.

Mini-Curso 3 – Fotogrametria aplicada a reconstrução 3D de fósseis

Ministrantes: Gustavo Corrêa de Almeida

Número de participantes: 10

Ementa:
-Introdução à Fotogrametria 
-Preparação do fóssil 
-Captação de imagens 
-Introdução aos softwares de reconstrução 
-Prática de reconstrução utilizando Agisoft Metashape 
-Soluções de reconstrução 3D utilizando softwares livres 
-Discussão sobre o futuro da Paleontologia Computacional 

Pré-requisitos: Notebook para utilização do sofware meshroom.

Mini-Curso 4 – Reconstrução e modelagem de elementos tridimensionais digitalizados

Ministrante: Richard Santos Buchmann de Oliveira

Número de participantes: 10​

Resumo: A digitalização de elementos tridimensionais em paleontologia contribui para universalização de materiais. Contudo, os modelos em 3D gerados a partir de fósseis geralmente apresentam irregularidades devido ao estado de preservação ou pela dificuldade do scanner ou tomógrafo reconhecer a superfície do material. Além disso, elementos digitais tridimensionais de animais extintos nos permitem a realização da modelagem de tecidos moles a partir de locais de anexos existentes no córtex ósseo. Desta forma, o curso proposto apresenta técnicas de restauração, tratamento e geração de modelos tridimensionais em um software gratuito.

Público alvo
Alunos de graduação, pós-graduação e profissionais que estejam interessados em reconstruções e geração de modelos tridimensionais em software gratuito.

Objetivo geral do minicurso
Compartilhar experiência e apresentar técnicas básicas para geração, tratamento e modelagem de elementos digitais em 3D

Objetivos Específicos

• Informar como é realizada a geração de modelos tridimensionais e/ou importação de elementos para o software
• Apresentar quais as funções dos diferentes itens da barra de tarefas
• Explicar quais são as principais aplicações de cada ícone da barra de ferramentas

Equipamentos e softwares

• Data show: Apresentação de slides
• Notebook: O proponente levará o notebook de uso pessoal. Além disso, cada participante deverá portar um notebook para realizar as atividades
• Mouse: Cada participante deverá portar um mouse para desenvolver as aplicações
• Software Blender 3D (Blender Development Team, 2019): Cada participante deverá instalar o software no próprio notebook.

Referências bibliográficas
Lautenschlager, S. 2017. Digital reconstruction of soft-tissue structures in fossils. The Paleontological Society Papers, 22, 101–117.
Rayfield, E.J. 2007. Finite Element Analysis and understanding the biomechanics and evolution of living and fossil organisms. Annual Review of Earth and Planetary Sciences, 35, 541–76.

Mini-Curso  5 –  A relação da descrição osteológica com a ilustração científica: princípios e métodos

Ministrantes: Bianca Martins Mastrantonio e Voltaire Paes Neto

Número de participantes: 20

Ementa: O minicurso se propõem a apresentar os princípios de uma descrição osteológica quanto à estrutura (por vistas, por osso), metodologia (nomenclatura, materiais, etc) e enfoque (comparativo, filogenético, etc) dando ênfase à importância de uma boa ilustração, as diferentes ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas para um melhor resultado (desenhos descritivos, esquemáticos, reconstruções, etc.) e a montagem final de uma prancha.

Mini-Curso 6 – Comunicação e popularização da ciência: preparando divulgadores científicos em paleontologia

Ministrantes:
Dra. Elisangela Mortari (Docente do Depto de Ciências da Comunicação/UFSM. Pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas/UFSM).
Dra. Laura Storch (Docente do Depto de Ciências da Comunicação/UFSM. Pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação/UFSM).
Dr. Lucas Missau (Servidor Técnico-Administrativo do Depto de Ciências da Comunicação/UFSM. Diretor de Programação e Coordenador do Aluata Comunicação e Ciência/UFSM).

Número de participantes: 20

Ementa: O minicurso “Comunicação e popularização da ciência: preparando divulgadores científicos em paleontologia” tem como objetivo contribuir para a popularização da ciência em paleontologia através da formação de divulgadores científicos. A proposta considera a produção científica de alto impacto na área de paleontologia, o destacado número e a qualidade de pesquisadores, além do poder de engajamento dos públicos e mobilização da mídia que este campo de conhecimento desperta. Entende-se que é necessário se voltar para os resultados das pesquisas e para o discurso científico além do senso comum e do imaginário popular acerca dos dinossauros, proporcionando o entendimento da ciência paleontológica através dos pesquisadores. No minicurso serão abordados os seguintes tópicos: a) divulgação e popularização da ciência nas redes sociais; b) perfis de pesquisadores x perfis de influenciadores; c) influenciadores digitais em paleontologia; d) adequação de linguagem e conteúdo para diferentes plataformas e públicos específicos. A metodologia do minicurso será expositiva-dialogada, através de recursos como cases, técnicas para a preparação de conteúdos e exercícios práticos.

Mini-Curso 7 –  Introdução à osteologia de Theropoda: um guia teórico-prático para identificar e descrever a morfologia.

Ministrantes:
Natan Santos Brilhante (mestre e doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Museu Nacional [UFRJ])
Tainá Constância de França (mestra e doutoranda pelo programa de Pós-Graduação em Evolução e Diversidade da Universidade Federal do ABC [UFABC])

Número de participantes: 10

Ementa:
A descrição anatômica é parte importante e tradicional de muitos estudos científicos. Durante as descrições anatômicas nos deparamos, por vezes, com certa dificuldade no reconhecimento de algumas características anatômicas mais específicas, eventualmente pouco ilustradas e de difícil visualização na literatura. A mesma problemática concerne à identificação morfológica de elementos ósseos em campo ou mesmo no laboratório, durante e após a preparação dos fósseis. Nesse sentido, este minicurso introduz as principais características anatômicas e suas terminologias, auxiliando, assim, alunos/pesquisadores em formação que não estão familiarizados com a morfologia de certos elementos ósseos e estão iniciando em suas primeiras identificações e descrições anatômicas. Para isso, utilizaremos o clado Theropoda como base, apresentando também um breve histórico a respeito da evolução do grupo. Entretanto, as abordagens que serão tratadas neste minicurso podem também ser adaptadas para outros grupos de vertebrados para facilitar o reconhecimento de características anatômicas e auxiliar nas descrições osteológicas. Todos os participantes terão acesso a uma apostila digital com dicas, referências, termos e outras abordagens mais usadas na osteologia para consulta.

Conteúdo programático:
1)      Conceitos básicos de anatomia: nomenclatura, planos e orientações.
2)      Anatomia:
2.1 Esqueleto craniano (crânio, incluindo mandíbula e dentição)
2.2 Esqueleto axial (vértebras, costelas e arcos hemais);
2.3 Esqueleto apendicular (cinturas escapular e pélvica, bem como membros anteriores e posteriores);
3)      Dicas para o reconhecimento da morfologia óssea e descrições anatômicas.

Referências:
Hendrickx C, Mateus O, Araújo R. 2015. A proposed terminology of theropod teeth (Dinosauria, Saurischia). J Vertebr Paleontol, 35(5): e982797.
Holtz TR. 1995. The arctometatarsalian pes, an unusual structure of Cretaceous Theropoda (Dinosauria: Saurischia). J. Vert Paleontol. 14: 408–519.
Kardong KV. Vertebrados: anatomia comparada, função e evolução. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan, 2016.
Mayr G. Avian evolution: the fossil record of birds and its paleobiological significance. John Wiley & Sons, 2017.
Romer AS. 1956. Osteology of the Reptiles. The University of Chicago Press. Chicago and London, 772 pp.
Weishampel DB, Dodson P, Osmólska H. 2004. The Dinosauria. 2ed. University of California Press, Berkeley, California. 880 pp.

Mini-Curso 8 – Ascensão de um império de Gigantes: Sistemática, Osteologia e Paleobiologia de Neosauropoda

Ministrante: Kamila Luisa Nogueira Bandeira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Número de participantes: 10

Ementa: Neosauropoda é um grupo facilmente reconhecido devido aos pescoços e caudas longos, cabeças pequenas (em relação ao resto do corpo) e pela postura quadrúpede. É um clado composto por dois subgrupos principais: Diplodocoidea e Macronaria. Surgindo no início do Jurássico e persistindo até o evento de extinção Cretáceo-Paleogeno, este clado contém a grande maioria dos gêneros de saurópodes, incluindo os famosos Brontosaurus e Brachiosaurus. Muitas espécies são conhecidas pelos seus enormes tamanhos, e o grupo inclui os maiores animais que já viveram na terra. Porém, muito pouco é conhecido desses animais, além de seu tamanho. Nesse minicurso, pretendo explorar um panorama geral, do ponto de vista sistemático, morfológico e paleobiológico deste importante clado de dinossauros, dando ênfase nas espécies brasileiras.

Conteúdo programático

1.     Definição e breve histórico de pesquisa
2.     Eusauropoda: linhagens basais e origens de Neosauropoda
3.     Diplodocoidea: aspectos osteológicos, sistemáticos e paleobiológicos
4.     Macronaria: aspectos osteológicos, sistemáticos e paleobiológicos

Referências:
Bonnan, Matthew F. (2003). The evolution of manus shape in sauropod dinosaurs: Implications for functional morphology, forelimb orientation, and phylogeny. Journal of Vertebrate Paleontology. 23 (3): 595–613.
Brusatte, Stephen L.; Candeiro, C.R.A.; Simbras, F.M. (2017). The last dinosaurs of Brazil: The Bauru Group and its implications for the end-Cretaceous mass extinction. Anais da Academia Brasileira de Ciencias, 89, 1465–1485.
Curry-Rogers, K. & Wilson, J.A. (2005). The Sauropods: Evolution and Paleobiology. Berkeley: U of California.
Sander PM, Christian A, Clauss M, Fechner R, Gee CT, Griebeler EM, Gunga HC, Hummel J, Mallison H, Perry SF, Preuschoft H, Rauhut OW, Remes K, Tütken T, Wings O, Witzel U. (2011). Biology of the sauropod dinosaurs: the evolution of gigantism. Biological reviews of the Cambridge Philosophical Society, 86(1):117-55.
Tschopp, E.; Mateus, O.; Benson, R. B. J. (2015). A specimen-level phylogenetic analysis and taxonomic revision of Diplodocidae (Dinosauria, Sauropoda). PeerJ. 3: e857.

Min-icurso 9: Bases fundamentais para análise cladística

Ministrante: Marco Aurélio Gallo de França (UNIVASF)

Número de participantes: 15

Descrição:
Minicurso pretende apresentar os fundamentos básicos da Cladística, aplicada principalmente nas análises morfológicas. Os tópicos abordados são: Histórico da classificação biológica; Bases fundamentais da Cladística de Hennig; Análise de matriz utilizando parcimônia; Como construir uma matriz para análise; Análises adicionais (interpretações biogeográficas).

Requisitos:
O curso apresentará os principais programas para construção de matriz e análise por parcimônia, sendo que é desejável (embora não excludente) que os participantes possuam computadores individuais e os programas previamente instalados.